Custos da Qualidade

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A grande maioria das empresas admite possuir algum tipo de programa de qualidade: ferramentas de análise estatística de processos, análise de valores, círculos de controle da qualidade, qualidade total, JIT, etc. Porém muitos programas encontram resistências por parte de seus recursos humanos quando não há preparação e educação antecedendo as mudanças.

Muitos outros apresentam bons resultados como redução de tempo de ciclo, cumprimento de prazos, maior produção por hora, etc. Não proporcionam, no entanto, retorno para os altos investimentos realizados para que fossem cumpridos.

Em muitas empresas estes programas têm sido direcionados de forma errônea – apesar das boas intenções – e têm desenvolvido meios que não agregam valor aos clientes. Infelizmente, qualidade que não é percebida pelos clientes, normalmente não produz retorno em termos de vendas, lucratividade ou aumento de fatias do mercado – torna-se um desperdício de esforços e dinheiro.

A realidade é que a maioria dos programas de qualidade existentes falham em desenvolver o controle de custos juntamente com ações de melhorias. Programas de controle de custos e programas de qualidade têm sido utilizados separadamente, sem o reconhecimento de que a intenção de custos e qualidade é fundamental para o sucesso operacional e econômico da organização.

O que temos visto é o programa de qualidade coordenado pela equipe técnica e o de custos pela equipe financeira. É raro vê-los trabalhando em conjunto. Se a qualidade é fator estratégico para as empresas, estas devem direcioná-las para o seu crescimento econômico.

Michael Porter lembra que “a compreensão do comportamento dos custos é necessária não somente para desenvolver a posição de custo da empresa, mas também para expor o custo da diferenciação”. E acrescenta: “Custos operacionais devem ser relacionados com as atividades onde eles ocorrem. O custo de equipamentos deve ser alocado às atividades que utilizam, controlam e que mais influenciam o uso.”

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Surgiram na década de 90 muitos sistemas de custos. Inicia-se, portanto, a era do gerenciamento estratégico de custos, pois as empresas passaram a reconhecer a necessidade de medidas de performance e custo que possam orientar ações de melhorias.

Atender às necessidades dos clientes já não é mais suficiente para o crescimento da empresa. O surgimento de custeio baseado em processos torna possível medir os custos da qualidade de forma a relacionar custos as atividades e suas causas efetivas.

A problemática da mensuração da Qualidade torna-se relevante quando esta passa a ser associada à Produtividade e à Lucratividade. Deming destaca ser o estudo e a apuração dos custos com a Qualidade um trabalho em vão, em consequência de considerá-la autofinanciável. Mas outros autores, como Juran e Crosby, já defendem o desenvolvimento e a implantação de sistema de mensuração do Custo da Qualidade, mesmo que tenham se limitado à apuração dos custos relacionados com o Sistema de Controle de Qualidade.

O objetivo do custo da qualidade é fabricar um produto com alta qualidade ao menor custo possível. O custo da qualidade busca esse objetivo apurando os custos das falhas conforme as especificações.

Os Custos da Qualidade oferecem suporte ao gerenciamento de custos em conjunto com programas de qualidade ou de melhoria contínua, mediante informações que possibilitam gerenciar os programas de modo a priorizar a implementação de programas nas áreas mais críticas em função dos custos.